Os segredos da Gastronomia do Gerês

Come-se bem no Gerês. Aqui as dietas não duram muito, por isso, quando nos visitar o melhor mesmo é dar umas férias às saladas e ao pão integral.

O cabrito, a vitela barrosã, os rojões, as papas de sarrabulho, o cozido, a truta, o presunto, a broa de milho e o queijo são perdições que saltam a vista a todo o momento, em qualquer dos muitos e bons restaurantes da região.

Numa zona tão vasta – não se esqueçam de que estamos a falar de um território com quase 700 mil hectares – é natural que haja não uma, mas muitas especialidades gastronómicas. Cada região tem as suas.

No Soajo, por exemplo, os pratos típicos incluem os Rojões, o Cozido à Portuguesa, as
Papas de Sarrabulho e a Lampreia, tudo rematado no final com alguns dos mais emblemáticos – e irresistíveis – doces regionais, onde se destacam Charutos de Ovos Moles e Rebuçados dos Arcos.

Mais para o interior, rumo às terras do Barroso, a Vitela faz jus à fama de rainha da região, sob a forma de um dos pratos mais procurados pelos visitantes Vitela Barrosã Assada na Brasa. Também há quem a prefira Estufada no Pote, tudo depende do gosto de cada um.

Mas nem só de Vitela se faz a boa reputação gastronómica do Barroso. Por aqui, há também Cozido à Moda do Barroso, Truta Recheada e, claro, uma imensa variedade de fumeiro, acompanhada pelo magnífico pão de centeio.

De volta ao coração do Gerês, encontramos uma das zonas com mais rica gastronomia Castro Laboreiro. Aqui o Cabrito faz as delícias de quem se senta à mesa, sendo a atração principal num espetáculo onde também têm lugar cativo o Presunto de Castro Laboreiro, os enchidos, a broa milha, o Bucho Doce e Sopa Seca de Pão Duro (estas duas, no domínio das sobremesas). Sem esquecer do vinho, que tem no Alvarinho uma espécie de embaixador vinícola da região.

E há ainda o Queijo da Cachena, típico aqui do Gerês. Mas como hoje não há barriga para mais, falaremos sobre ele num outro dia.

Sendo assim, bom apetite e boa viagem.

© Quinta dos Carqueijais, 2015