Os piores erros cometidos pelos visitantes do Gerês

Visitar o Gerês é entrar num lugar especial. Trata-se de uma área protegida, especialmente sensível, onde qualquer perturbação pode causar desequilíbrios no ecossistema.

Foi a pensar nisso que elaboramos esta lista, que inclui os principais exemplos de falta de respeito pela natureza e pelo património, feitos por alguns - poucos - visitantes do Gerês. São atitudes que, infelizmente, se veem um pouco por todo o lado, mas que aqui, no Parque Nacional, assumem proporções ainda mais graves. Em regra, quem visita a região fá-lo por amor à natureza, mas há sempre exceções.

Deitar lixo para o chão

Toda a área do Parque Nacional da Peneda-Gerês está muitíssimo bem servida de caixotes do lixo. Não é possível caminhar muito tempo sem encontrarmos um recipiente próprio para os resíduos que fazemos durante a nossa visita. Ainda assim, é muito frequente encontrar lixo espalhado pela montanha: restos de comida, garrafas, latas, lenços de papel e maços de tabaco vazios. Não custa nada tomar conta da natureza. Basta fazer-se acompanhar de um pequeno saco, onde pode juntar todos esses resíduos. Guarde-o na mochila ou no carro até encontrar um dos muitos recipientes para o lixo.

Danificar os letreiros

Muitos visitantes – e não são apenas os jovens – fazem questão de assinalar a sua passagem pelo Gerês gravando o seu nome e todo o tipo de mensagens nas várias placas indicadoras e letreiros que estão espalhados pelo Parque Nacional. Além de constituir uma tremenda falta de respeito por um património que é de todos, por vezes danifica de tal maneira as placas que as informações que lá estão deixam de ser visíveis, obrigando por isso à sua substituição. Seja original. Se quer marcar a sua presença, em vez de riscar, limpe uma placa que esteja suja. Os outros visitantes agradecem.

Vandalizar património

O Gerês está cheio de lugares e monumentos carregados de História. Por todo o lado encontramos pontes, igrejas, capelas, pilares e até marcos miliares da era romana. Todas elas guardam centenas e até milhares de anos de histórias e vidas que por ali passaram. São lugares que devem ser preservados e, acima de tudo, respeitados. Infelizmente, alguns visitantes fazem questão de deixar a sua marca com pinturas, mensagens escritas ou simplesmente com pura destruição. Se assistir a alguma destas situações, intervenha ou chame as autoridades. Se possível, fotografe os autores e tente anotar a matrícula do carro em que se deslocam. Não podemos pactuar com estes atentados a um património que é nosso e que tanto custou a construir e preservar.

Fazer fogo

É um dos maiores perigos para o meio ambiente. Seja qual for a época do ano, não deve de maneira alguma fazer fogo nas áreas florestais. É muito fácil perder o controlo de uma fogueira e um simples fogareiro pode causar um incêndio. Basta um descuido, ou uma rajada de vento mais forte. A situação é ainda mais perigosa nos meses quentes, onde a vegetação seca funciona como combustível que arde ao mais pequeno sinal de fogo. Uma beata de cigarro mal apagada é o suficiente para atear um incêndio de grandes proporções, que no Gerês pode representar a destruição de espécies naturais únicas no país. Aqui, todo o cuidado é pouco com o fogo.

Divirta-se, aproveite ao máximo esta experiência chamada Gerês, mas por favor, respeite a natureza em quem aqui vive.

© Quinta dos Carqueijais, 2017